Como Fazer a Ligação de Uma Bomba D’Água de 1/2CV - ICS-50AB ELETROPLAS (Motobomba periférica)

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Feb 27, 2022
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Tecnologia
Engenharia Elétrica
Manutenção Elétrica
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Fiz este registro enquanto consertava a bomba d’água do meu sogro.
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Fiz este registro enquanto consertava a bomba d’água do meu sogro. Tenho o costume de deixar as coisas documentadas. Portanto, segue o registro.
Primeiro, note que um motor monofásico não tem, por si só, um campo rotativo suficiente para arrancar — só oscila. Para obter rotação, usamos dois enrolamentos: o principal (alimentado diretamente) e o auxiliar (alimentado através de um capacitor).
O capacitor cria uma diferença de fase entre as correntes que percorrem os enrolamentos: isso produz um campo magnético que “empurra” o rotor e permite o arranque.
Dependendo do tipo de motor, o enrolamento auxiliar pode ser cortado por um interruptor centrífugo (ou relé) quando o motor atinge determinada rotação, ou permanecer em circuito (motores capacitor de marcha). Já a proteção térmica abre o circuito quando o motor aquece demais (sobrecarga, corrente elevada), protegendo o enrolamento.
O capacitor da bomba do meu sogro estava defeituoso, isto é, o capacitor estava “fraco” (sem capacidade de armazenar carga suficiente) e precisava ser trocado, no entanto, ele removeu o capacitor e cortou alguns fios, tornando necessário que eu identificasse e refizesse todas as ligações.
Foto: esquema de ligação motobomba periférica, motor monofásico 110/220V 60Hz 1/2CV ICS-50AB (Ligado em 220V), da Eletroplas. Fonte: J. Caraumã <carauma.com>.Foto: esquema de ligação motobomba periférica, motor monofásico 110/220V 60Hz 1/2CV ICS-50AB (Ligado em 220V), da Eletroplas. Fonte: J. Caraumã <carauma.com>.
Foto: esquema de ligação motobomba periférica, motor monofásico 110/220V 60Hz 1/2CV ICS-50AB (Ligado em 220V), da Eletroplas. Fonte: J. Caraumã <carauma.com>.

O que temos no papel

  • Motor: monofásico 110/220 V, 60 Hz, ½ CV (referência ICS-50AB — ligado aqui em 220 V).
  • Constituintes internos desenhados:
    • Enrolamento principal (principal) — gera o campo magnético de base.
    • Enrolamento auxiliar / de partida (aux) — deslocado em fase por efeito do capacitor para produzir o arranque.
    • Capacitor externo (anotado: 16 µF ±5% / 250 V / 50–60 Hz).
    • Proteção térmica (prot. térmico) em série com parte do circuito.
    • Caixa de terminais / chave externa para ligar e possivelmente inverter entre 110/220V.
  • Cores anotadas no motor: azul, verde, preto, vermelho, amarelo, marrom (atenção: cores ajudam, mas nem sempre são padrão entre fabricantes — sempre confirme com medidas reais de resistência dos enrolamentos utilizando um multímetro).
Motobomba periférica ICS-50AB. Fonte: Eletroplas.Motobomba periférica ICS-50AB. Fonte: Eletroplas.
Motobomba periférica ICS-50AB. Fonte: Eletroplas.

Como identificar os terminais?

Antes de qualquer ligação, desligue tudo da rede e faça tudo com calma:
  1. Ferramentas: multímetro, alicates isolados, chave de fenda, etiqueta para fios (pode ser pedaços de fita onde se possa escrever com lápis ou caneta), e o capacitor (do valor correto equivalente e em bom estado).
  1. Continuidades:
      • Meça resistência entre pares de terminais do conector do motor, tomando dois a dois aleatoriamente.
      • Enrolamentos mostram continuidade e valores típicos. Valores típicos de baixa resistência serão lidos. Note que o enrolamento principal geralmente tem maior comprimento e, portanto, maior resistência relativa; já a bobina auxiliar um valor diferente. Veja o diagrama que fiz no papel.
      • Identifique o comum (um terminal em que aparecem duas continuidades para os dois enrolamentos).
      • Repita até encontrar todos os enrolamentos.
  1. Anote quais cores correspondem a quais terminais. Tire foto ou bote etiqueta.
  1. Verifique o capacitor com um medidor LCR apropriado, ou o próprio multímetro se tiver essa opção, e substitua por um conhecido bom, já que capacitores antigos perdem capacitância. E geralmente este é motivo principal dos motores não ligarem, ficarem apenas vibrando ou perderem força com o tempo.

Conclusão

Bom, é isso, espero ter ajudado de alguma forma. Documentar é isso, transformar um conserto em conhecimento reaproveitável, deixar o caminho marcado para que o próximo passo seja mais seguro, mais rápido e mais consciente.
Críticas, elogios ou sugestões?
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