Além-mar

date
Sep 23, 2024
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Arte
Poesia
Caraumã
summary
Um poema contemplativo sobre o mar, o céu e a dissolução do eu no infinito.
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Além-mar

Ó vasto azul, que aos céus suplica em ânsia, Eis que o além, em solene ressonância, Num véu de bruma e sombra a desvelar, Une o mar profundo ao teu sereno olhar. Ó além-mar, que no vento me devoras, E, em tuas preces de tão antigas horas, A alma minha a ti se rende e logo some, Sou lembrança, de repente, sou sem nome. E que sou eu, senão o vão suspiro Que, entre o céu e o horizonte, se desfaz? Um grão de areia ao vento, em lento giro, Que logo a imensidão consome de paz. Mas, ó azul, em ti me encontro inteiro. No fim, mesmo no fim, Vasto, mesmo, é o Ser Verdadeiro. ⁂
~ J. Caraumã. Reflexões em 23 de setembro de 2024.
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