Folha do Caimbé

date
Aug 26, 2025
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Arte
Poesia
Caraumã
summary
Poema sobre o caimbé, planta resistente no lavrado roraimense, a força que vira lenda.
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Fotogarfia: lixeiral florido (curatella americana) (EMBRAPA, 2006).Fotogarfia: lixeiral florido (curatella americana) (EMBRAPA, 2006).
Fotogarfia: lixeiral florido (curatella americana) (EMBRAPA, 2006).

Folha do Caimbé

Sou folha de caimbé, do lavrado que não tem fim. Destino ferido, pele queimada de tanto sol e muito amor. De olhar conhecido, sou lixa de índio, cabeça de vento e de garganta seca em busca de nuvem E de silêncio. Sou feita de chão E de pedaço de céu. Nuvem na serra, tepúi de algodão Doce como mel. Memória viva da imensidão. Do alto do monte, grito pro Caburaí, Quero ser alta como tu, Mas sou a mais profunda raiz. Sou o que não morre. Semente de tudo que permanece, que brota retorcida no Parima que não seca.
~ por J. Caraumã. Reflexões em 26 de agosto de 2025.
 
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