Soneto de José, o anti-amado

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Oct 2, 2024
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Arte
Poesia
Caraumã
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Soneto melancólico sobre José, alma solitária sem amor, rejeitado pelos deuses e perdido nas sombras da vida.
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Foto: "Fidelidade" (1869), de Briton Rivière.Foto: "Fidelidade" (1869), de Briton Rivière.
Foto: "Fidelidade" (1869), de Briton Rivière.

Soneto de José, o anti-amado

Ó coração de José, tão malfadado! Qual flor que murcha sem o sol tocar, Teu peito jaz em solitude, calado, Sem dulçor de cuidado a lhe embalar. Nos caminhos da vida, desamparado, Vagueia qual um nauta sem seu mar. Filho de Iansã susurra, dele condoído: ”Ai, pobre José! Quem o há de amar?” Rudá, nimbus cruel! Por que flechaste Com dardo embotado o peito seu? Por que em frio desamor o sepultaste? Eis que a aurora desponta no alvor, Mas para José, agora tudo escureceu. Nem cairê, nem catiti, tampouco amor. ⁂
~ J. Caraumã. Reflexões em 02 de outubro de 2024.
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